30 de março de 2011

Resumo da Ópera - Parte 1

Neste "resumo da ópera", veremos os conceitos mais importantes tratados em sala de aula até o momento, por isso um texto mais longo, dividido em duas postagens. 

RESUMO DA ÓPERA / PARTE 1


1. O que é religião
Do latim, RELIGARE que significa entrar em comunhão com as pessoas e com o divino.

Em síntese, a religião é uma expressão do espírito humano que visa explicar as questões finais da existência. De onde viemos? Quem somos? Onde estamos? Para onde vamos? Em geral, a ciência é muito boa em explicar como as coisas acontecem, mas poucas vezes é capaz de explicar o “porque” do acontecimento das coisas. É ai que surge a religião. Somos seres de carência, nascemos para morrer, e ainda assim não aceitamos a morte como destino. Daí então surgem as perguntas: Porque morremos? Temos um destino além da morte? Há alguém que “olha por nós”, a quem podemos recorrer quando nada mais pode ser feito pelas nossas próprias forças?

 A religião é uma tentativa de explicar estas e outras questões.  Uma religião surge quando a pessoas se reúnem, em um grupo específico, para refletir sobre dimensão transcendental da existência. Surge quando enterramos os nossos mortos, quando rezamos pelos nossos doentes, quando desejamos o bem e a paz para as pessoas que amamos e para aquelas que nem conhecemos.


3. Espiritualidade e Fé

A palavra espiritualidade vem do termo latino “espiritus” que, por sua vez, provém do termo grego “pneuma”, que quer dizer “sopro”. Podemos assim dizer que a espiritualidade é o sopro vital que direciona nossa existência para nos tornarmos aquilo que somos. Dentro do contexto religioso a espiritualidade nos encaminha para o encontro com o transcendente, e uma das maneiras de expressarmos nossas espiritualidade é por meio de nossa fé.

Segundo São Paulo, a fé é um dom gratuito de Deus, ou seja, ela nos é dada conforme nossa disposição em acolhê-la. Podemos citar aqui, três exemplos de como a fé “insurge” nas pessoas:

1º exemplo - a fé a partir de situações limítrofes da existência: muita gente passa a ter fé a partir do momento em que enfrenta uma situação mais complicada na vida, como uma doença grave ou um estado de “quase morte”. Quando não temos mais nada para nos apoiar, a fé surge como nossa última instância segura. Tomamos como exemplo, aqui, o filme “Indiana Jones e a última Cruzada”, quando o herói, um aventureiro-arqueólogo, vê seu pai quase morto, para salva-lo, passa a acreditar numa série de situações extraordinárias. Vejamos um trecho do filme:




2º exemplo - a fé construída ao longo da vida: esta costuma ser mais sólida, durante a vida passamos por momentos de maior ou menor expressão da nossa fé, há vezes em que acreditamos mais e há vezes em que acreditamos menos, é preciso constância. Para este tipo de fé, usamos como exemplo, o personagem bíblico “Jó”. Jó era um homem rico, temente a Deus, e de muita fé. Porém, ao perder todos os bens, família e a saúde, Jó passa a questionar a Deus e seus desígnios, ele tem uma “crise de fé”. Ele recupera sua fé, quando diante do próprio Deus, compreende que a vida não é uma ciência exata, mas é composta de momentos bons e ruins, alegrias e tristezas. O Segredo é nos mantermos firmes, sempre crendo que é possível ser e estar melhor do que somos e estamos.

3º exemplo – fé no outro, fé na vida: muitas vezes a fé está associada a uma espécie de “troca” entre nós e o divino, esperamos sempre uma retribuição por sermos crentes. Dessa forma, temos nos exemplos anteriores Indiana Jones, que passou a crer depois que viu seu pai no leito de morte e Jó, que passou a duvidar depois de perder tudo. Aqui, vimos a história de um tipo de fé que independe daquilo que se vai receber em troca, trata-se de uma fé construída por meio de uma relação de confiança mútua, fortalecida por longos anos de amizade, trata-se da história de Pítias e Damon [click para ler], que encenamos em sala de aula.

***
Atividade: Descreva como é, atualmente, sua experiência religiosa e de que maneira você vivencia a sua espiritualidade. Mínimo 5 linhas.